O Aprendizado é Constante!

Por Ítalo Antunes

Olá gente, tudo bem?

Para quem não me conhece, sou Ítalo Antunes, aluno do 5º termo de jornalismo do período noturno, novo estagiário da TV Facopp, aspirante a jornalista cultural, animador de festinhas de aniversário e um ótimo partido para as meninas. Exatamente, a modéstia é uma das minhas qualidades.

Muito bem. Após três semanas de estágio, as experiências já se acumulam em um ritmo assustador e, ao mesmo tempo, contagiante e engraçado. Contarei a primeira delas, pois acredito que foi o início de tudo e onde começou também a minha insônia.

A tensão já começou na reunião de pauta com a definição do assunto: bastidores das escolas de samba de Presidente Prudente. Jamais havia feito uma produção de reportagem e a primeira que fica sob minha responsabilidade é exatamente esta. A tensão se deve pelos comentários de que cobrir carnaval é sempre muito corrido e desgastante.

E lá vou eu fazer os contatos. Presidentes de escolas de samba, puxadores de bateria, ritmistas, passistas, personagens históricos do carnaval de rua (pai da Rosângela da hemeroteca), carnavalescos e vários outros foram surgindo e sendo confirmados para a matéria. O aprendizado aqui foi intenso: a formatação detalhada de uma pauta, a briga pelo agendamento de equipamento para as gravações, os problemas de horários que dava a impressão que a coisa não caminharia e várias outras coisas. A principal lição nesta etapa, certamente, foi a de que com disciplina e organização, as coisas acontecem. E acontecem mesmo. Pare, respire, tome um copo de água e volte. A solução, como que num passe de mágica, aparece.

Equipe trabalhando na TV Facopp

Começa a loucura das gravações. Imagens das escolas ensaiando, passistas participando de coreografias, baterias a todo vapor e costureiros no árduo ofício de preparar as fantasias. Cada profissional se dedicando ao extremo para o grande dia de festa. Este período, infelizmente (por não poder participar) foi realizado pela amiga de estágio Vivian Ferro, pois os ensaios eram no período noturno, período que estou em aula. Mais detalhes sobre estes momentos, tenho certeza que a Vivian não terá problema algum em compartilhar conosco.

Chega o grande dia do desfile. Função: Cinegrafia.

Uma chuvinha fina insistia em cair na noite do desfile, mas lá estávamos para realizar as imagens e as entrevistas. O público presente era incrível. Pessoas de diversos bairros de Prudente realizavam uma festa linda nas arquibancadas.

Chegamos ao camarote de imprensa e recebemos – repórter e eu – um release com as informações do carnaval. A primeira “atitude de estagiário” da noite aconteceu, quando olhamos um para a cara do outro e pensamos: Legal, mas fazemos o que com isso?!

Após esta piada interna, começamos o trabalho. Imagens do público, entrevistas com personagens, alguns excêntricos, e sempre com o guarda-chuva nas mãos para proteger o equipamento e a chapinha da repórter.

Eis então que começam os momentos hilários. Realizando uma imagem durante o desfile, escuto um belíssimo “ô careca, filma eu”, oriundo de um personagem extremamente animado na arquibancada. Em outro momento um tapa na câmera vindo de uma garota que estava perto da grade, que ao movimentar a câmera, acabou estragando a imagem. Fiquei tão assustado que pensei que a câmera tinha quebrado. As histórias são várias e prometo entrar mais em detalhes sobre elas em outra ocasião.

O aprendizado neste momento, certamente, foi o contato com a nossa principal matéria de trabalho em todas as suas instâncias, que é o ser humano. Extravagantes ou contidas, todas contribuíram para o bom andamento da matéria. E isto foi simplesmente incrível.

Agora era o momento de organizar. Elencar os itens, dispor os dados numa sequência lógica para que os relatórios de imagem e reportagem tivessem a sua devida eficiência para os editores. Trabalho complicado hein??!! Dar corpo a uma matéria precisa de um olhar extremamente cirúrgico sobre o material, além de competências técnicas. Confesso que não sei se no momento daria conta de tal trabalho. Méritos para quem domina.

Ai a questão que o amigo leitor me faz é: Nossa, ser jornalista é esse inferno mesmo?

Eis o grande barato da profissão: conseguir levar aos olhos do público, aquilo que ele não pode ver. Ter esta responsabilidade de transmitir a informação com qualidade e critérios é extremamente gratificante.

E quer ver o resultado desta rotina descrita acima? Está disponível no site da TV Facopp no programa Login Cultural. É a primeira edição da nova turma de estagiários. Visite e veja o trabalho. Um trabalho paralelo, mas de igual valor é o Na Prática, que mostrou os bastidores do jornalismo no carnaval. Vale à pena conferir.

Se você conseguiu ler tudo, fico feliz. Espero sinceramente que esta experiência tenha colaborado para o seu crescimento ou que, pelo menos, tenha feito você dar umas boas risadas.

Até a próxima gente!

Uma das imagens do Carnaval Prudentino

Comments

  1. O Livro do Ítalo! ahuuahahauhauh bem legal seu texto o/

     
  2. ''Eis o grande barato da profissão: conseguir levar aos olhos do público, aquilo que ele não pode ver.''
    E ter orgulho dos momentos vivenciados...
    Ps: haha ainda bem que não seguiu o meu conselho '' diminua o texto'' teria cometido quase um pecado. Parabéns pelo post e pelo parceiro de equipe que você é! Evaanteee TV Facopp

     
  3. E isso foi só o começo Ítalo! Mas veja a riqueza do seu post: vc compartilhou a experiência e os resultados do trabalho jornalístico com disciplina, organização, responsabilidade. E tem gente que deixa a vida e as oportunidades passarem sem, sequer, experimentar. Seu exemplo afasta o comodismo para produção de conteúdo de alta qualidade, apesar de todas as dificuldades. Agradeço em nome da equipe pelo seu empenho. Se eu pudesse sugerir, o mascotinho da TV ia ter até sua "careca" (rsrsrsrsrs).

     

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