Mais uma contadora de histórias.

Engraçado, comecei a fazer estágio aqui porque minha colega de classe havia me avisado que estavam abertas as vagas. Após saber disso, pensei: “por que não?” Afinal, já estava cursando o 5° termo de comunicação social, habilitação em jornalismo, e nunca havia tentado algo do tipo.
Quando menos esperava, meu nome já estava como uma dos estagiários da nova equipe da TV Facopp. Quase não acreditei.
Enfrentei tudo com bom humor e vontade de aprender, porque afinal desejava viver essa experiência, ter noção do que escolhi como meu futuro profissional. E quer saber de uma coisa? Não me arrependo, pois a cada dia que se passa, mesmo enfrentando algumas dificuldades, tenho aprendido, mais e mais. É uma parte da minha vida que não vou esquecer nunca.
Aqui, na TV Facopp, tenho passado por cima da vergonha, da timidez de ligar para pessoas que nem sequer conheço, atrás de informações para uma possível reportagem. E sempre o mesmo texto: “Olá! Sou da TV Facopp da Unoeste, gostaria de saber...” Assim por diante.
Confesso que uma das melhores partes é a cinegrafia. “Você atrás das câmeras”. Responsável pela imagem que vai ser passada no vídeo, o enquadramento, o posicionamento dos personagens, enfim, pra quem é apaixonado por fotos, vai me entender. Tudo tem um pouquinho a ver.
E claro, não posso me esquecer das outras duas melhores partes: quando sua pauta é aprovada e quando a reportagem vai para o ar. É uma espécie de recompensa pelo nosso trabalho, que pode levar uma semana ou até duas, como geralmente é o meu caso. Claro, isso porque ocorrem coisas inesperadas, como: na fita gravada não ter som nenhum, quando é necessário fazer três pautas em um dia só, correr duas semanas atrás de uma entrevista com um neurologista, enfim, são tantas que aqui não caberiam de uma só vez.
Bom, deixei para o final o assunto de “como somos”, digo, a equipe, quando estamos na “ilha”. No período da tarde, que é o meu horário de estagiar, sinto-me a vontade para realizar meu trabalho e tirar dúvidas, principalmente com a Day, sem deixar de falar besteiras, rir, tirar fotos e postar no facebook. E claro, não poderia deixar de lado, as tranças feitas pela Carol e os momentos com a Thais. Algumas das pessoas que fazem parte da minha rotina e que deixam minhas tardes mais alegres. Só espero que não fiquem convencidas por lerem isso. Brincadeira.
E é nesse ambiente sério e ao mesmo tempo descontraído que passo de segunda a sexta-feira, e que só tenho a levar momentos bons, de aprendizagem, de risadas, de histórias que espero não esquecer. De dificuldades que me lembram uma frase que o professor Mancuzo disse uma vez, porém não lembro muito bem agora como foi dita corretamente, mas que quer dizer mais ou menos assim: de tanto a gente passar por momentos como esses, ficamos calejados.
Sei que é cedo ainda para falar, mas depois de tantas ligações feitas e, de certa forma, desperdiçadas; de muitas vezes refazer pautas e de tanto correr atrás de uma notícia e de um entrevistado, entendo o que ele queria contar.
 Mas o que é a vida sem obstáculos? É por isso que não podemos desistir, muito menos os jornalistas, contadores de histórias e formadores de opiniões.

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