Por Layrton Gomes
Imagine um emprego no qual você trabalha 10 meses por ano e recebe 13 salários.
Imagine que este mesmo emprego lhe dê a garantia de jamais poder ser demitido.
Imagine que este utópico cargo lhe assegure que seus salários nunca poderão ser diminuídos, e ainda lhe proteja da prisão em flagrante (salvo em crimes inafiançáveis).
Imagine ter 60 dias de férias, sete feriados a mais que os trabalhadores da iniciativa privada, recessos de fim de ano e licença prêmio.
Imagine receber auxílio para comprar livros e computadores.
Pensou que eu cantava a música "Imagine", do imortal John Lenon?
Imagine, estou fazendo uma resumida (sim, resumida) lista dos benefícios assegurados aos magistrados brasileiros.
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Sábado passado depois do futebol fui conversar com um amigo. Com um grande amigo.
Ele estava em Presidente Prudente para prestar a segunda fase da OAB.
Sentamos em um bar.
Peço desculpas, mas antes de continuar devo abrir outro parênteses.
(O ministério da Saúde adverte: Aulas de telejornalismo da Thaísa transformam shampoo, pente, desodorante, talheres e controle remoto em microfone).
Depois de libertadores e Corinthians, entramos em um assunto inusitado para dois jovens de 20 e poucos anos: Os benefícios dos juízes brasileiros.
Ele é recém formado em direito pela Unesp de Franca, servidor do judiciário, almeja ingressar no magistrado e tem uma sede de justiça que dá gosto!
Eu sou aluno do quinto termo de jornalismo da Unoeste, fiz alguns estágios, e faço parte da Tv Facopp Online.
Perdoem-me, mas preciso de um último parênteses: (Aulas de apuração do Mancuzo e do João Paulo fazem das rodas de conversa um interrogatório).
E a conversa seguiu, entre uma Heineken e outra.
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Não dúvido da importância desses profissionais, mas convenhamos, é um exagero os salários e benefícios que nós contribuintes suportamos.
Ouvindo o outro lado:
"A sociedade não compreende que o magistrado trabalha com questões complexas, precisa levar processos para analisar em casa e há sobrecarga de trabalho. E todos estudaram e estudam muito para assumir e cumprir as demandas do cargo".
O lado de cá:
Todos os empregos têm sua complexidade. A maioria dos profissionais brasileiros levam trabalho para casa e enfrentam condições precárias.
Todos estudaram e continuam buscando conhecimento para se manterem no mercado, e nem por isso recebem esses benefícios.
E como explicar os 60 milhões de processos parados nos tribunais?
O outro lado:
"Há uma sobrecarga de trabalho e faltam profissionais qualificados."
O lado de cá:
Concordo, mas não podemos deixar de lado os dias em que a Justiça não funciona, devido
as vantagens corporativas de seus membros.
No último concurso para o cargo de juíz no Rio de Janeiro, 2.019 candidatos se inscreveram para 50 vagas, mas somente três passaram.
Alguns não passaram por incompetência. Outros não conseguiram a vaga porque os senhores que corrigem as provas e fazem as entrevistas exigem que o candidato saiba o mesmo que eles, que trabalham na área há vinte ou trinta anos.
Não gosto de ditos populares, mas concordo que "Se o juíz acha que é Deus, o desembargador tem certeza."
Agora os magistrados querem receber auxílio-saúde, auxílio-moradia, auxílio-pré-escola e auxílio-alimentação.
Pô, seu juíz, por favor.
Fontes:
tse.gov.br
estadao.com.br
folha.uol.com.br
diariodeumjuiz.com
g1.globo.com
Imagine um emprego no qual você trabalha 10 meses por ano e recebe 13 salários.
Imagine que este mesmo emprego lhe dê a garantia de jamais poder ser demitido.
Imagine que este utópico cargo lhe assegure que seus salários nunca poderão ser diminuídos, e ainda lhe proteja da prisão em flagrante (salvo em crimes inafiançáveis).
Imagine ter 60 dias de férias, sete feriados a mais que os trabalhadores da iniciativa privada, recessos de fim de ano e licença prêmio.
Imagine receber auxílio para comprar livros e computadores.
Pensou que eu cantava a música "Imagine", do imortal John Lenon?
Imagine, estou fazendo uma resumida (sim, resumida) lista dos benefícios assegurados aos magistrados brasileiros.
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Sábado passado depois do futebol fui conversar com um amigo. Com um grande amigo.
Ele estava em Presidente Prudente para prestar a segunda fase da OAB.
Sentamos em um bar.
Peço desculpas, mas antes de continuar devo abrir outro parênteses.
(O ministério da Saúde adverte: Aulas de telejornalismo da Thaísa transformam shampoo, pente, desodorante, talheres e controle remoto em microfone).
Depois de libertadores e Corinthians, entramos em um assunto inusitado para dois jovens de 20 e poucos anos: Os benefícios dos juízes brasileiros.
Ele é recém formado em direito pela Unesp de Franca, servidor do judiciário, almeja ingressar no magistrado e tem uma sede de justiça que dá gosto!
Eu sou aluno do quinto termo de jornalismo da Unoeste, fiz alguns estágios, e faço parte da Tv Facopp Online.
Perdoem-me, mas preciso de um último parênteses: (Aulas de apuração do Mancuzo e do João Paulo fazem das rodas de conversa um interrogatório).
E a conversa seguiu, entre uma Heineken e outra.
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Não dúvido da importância desses profissionais, mas convenhamos, é um exagero os salários e benefícios que nós contribuintes suportamos.
Ouvindo o outro lado:
"A sociedade não compreende que o magistrado trabalha com questões complexas, precisa levar processos para analisar em casa e há sobrecarga de trabalho. E todos estudaram e estudam muito para assumir e cumprir as demandas do cargo".
O lado de cá:
Todos os empregos têm sua complexidade. A maioria dos profissionais brasileiros levam trabalho para casa e enfrentam condições precárias.
Todos estudaram e continuam buscando conhecimento para se manterem no mercado, e nem por isso recebem esses benefícios.
E como explicar os 60 milhões de processos parados nos tribunais?
O outro lado:
"Há uma sobrecarga de trabalho e faltam profissionais qualificados."
O lado de cá:
Concordo, mas não podemos deixar de lado os dias em que a Justiça não funciona, devido
as vantagens corporativas de seus membros.
No último concurso para o cargo de juíz no Rio de Janeiro, 2.019 candidatos se inscreveram para 50 vagas, mas somente três passaram.
Alguns não passaram por incompetência. Outros não conseguiram a vaga porque os senhores que corrigem as provas e fazem as entrevistas exigem que o candidato saiba o mesmo que eles, que trabalham na área há vinte ou trinta anos.
Não gosto de ditos populares, mas concordo que "Se o juíz acha que é Deus, o desembargador tem certeza."
Agora os magistrados querem receber auxílio-saúde, auxílio-moradia, auxílio-pré-escola e auxílio-alimentação.
Pô, seu juíz, por favor.
Fontes:
tse.gov.br
estadao.com.br
folha.uol.com.br
diariodeumjuiz.com
g1.globo.com
Layrton, sem comentários!!! Ótimo texto!!! E realmente meu shampoo já virou microfone há muito tempo hahahahah! Parabéns!!
Lá ficou demais seu texto!!! A alusão aos professores não poderiam ter sido mais bem colocadas! É vergonhoso um juiz querer mais mordomias, afinal não são poucas as que eles já possuem.
Beijos
Layrton, vc está surpreendendo a todos nós. Inclusive com este texto, que serviu para pensarmos sobre uma série de coisas. Entre elas, que shampoo, pente, desodorante, talhares e controle remoto, podem, efetivamente, ser microfones. Seu esforço certamente está sendo reconhecido. Você está em vias de receber um auxílio-repórter. Rsrsrs.
Achei que era a única a usar esses objetos como microfone para treinar. Kkkkkk.
Layrton, muito bom mesmo seu texto, nem jornalista sou, mas o ponto que vc usou para criticar, foi o auge!
Nossa Layrton, sem duvidas temos um ótimo jornalista entrando no mercado! Parabéns pelo post!
Por isso que eu sempre digo. Um dia vou largar tudo e vender pipoca na praça ou coco em uma das belas praias de Natal. Sejamos felizes rsrs
tem jornalista por aí que vai acabar ganhando umas 3 vezes mais que um juiz!
abraçoo meu brother!
"(O ministério da Saúde adverte: Aulas de telejornalismo da Thaísa transformam shampoo, pente, desodorante, talheres e controle remoto em microfone)"
Vou te falar outra coisa que pode ser usada como microfone, ai vc pode cantar nele...
Tem gente ridícula mesmo, que perde tempo pra mandar um comentário deste e não tem coragem de se identificar. É isso, os bons incomodam!!
Ignorância é a arma dos fracos.
Anonimato o recurso dos covardes.
Mediocridade, a maior qualidade daquele gracioso que não tem coragem de aparecer porque sabe da burrada que fez. Quantos babacas nesse mundo, meu Deus, perdoai-os!
Imagine esse ser se olhando no espelho? Será que consegue ver a aura de covardia e ignorância que aparece em volta? Acho que não, se não nào escrevia tanta bobagem. Tenho pena porque vai ser medíocre o resto da vida.
Comentários serão monitorados a partir de agora. Everton.