Por Roberto Mancuzo
Logo no segundo dia de trabalho na TV Fronteira, em 2000, passei por uma espécie de teste. Estava na redação, por volta das 18h, quando começou uma correria típica de notícia de última hora. A repórter Flávia Marsola tinha conseguido entrevistar a testemunha de um crime que havia gerado muita repercussão e ligou para avisar que o material estava na mão para entrar no SPTV segunda edição, que iria ao ar dali uns quarenta, cinqüenta minutos. O problema é que não havia equipe de externa disponível para buscar a entrevista e nem ela poderia vir até a redação por conta de outros compromissos de pauta. O motorista da TV estava em viagem e na época a gente não tinha hábito de usar motoboy.
Os editores do SPTV estavam loucos porque aquilo ajudaria a bombar o jornal. Começou uma espécie de reunião informal no meio da redação e não apareceu um santo que fosse para a tarefa. Todos ocupadíssimos. Eu, produtor de reportagem que havia acabado de entrar ali, pedi licença com todo aquele medo de recém-contratado e disse que buscaria a fita. Foi um silêncio arrasador. A redação inteira olhou prá mim e eu pensei: “putz, porque que eu não fiquei quieto? Vão me trucidar”. Motivo tinha: o lugar era longe, eu nunca havia dirigido um carro da TV, tinha que praticamente “voar” e ainda poderia estragar toda uma edição. O gerente de jornalismo na época, Marcos Gomide, saiu da sala dele, caminhou em minha direção e falou: “Tem noção da responsabilidade?”. “Claro”, eu disse. “Então vai. Pega um carro e volta logo porque o telejornal depende exclusivamente deste material”
Fui, peguei a fita e levei prá redação em meia hora. A concentração era tanta que se você me perguntar onde é o lugar hoje em dia, nem lembro. O material foi editado e entrou ainda no primeiro bloco do SPTV. Ninguém me falou nada depois. Não ganhei nenhum “obrigado”, mas hoje eu não tenho dúvida de que aquela “loucura”, que parece uma bobagem, trouxe reflexos importantes prá minha trajetória na TV. Já naquele dia marquei, sem querer, um território e mostrei que queria mesmo trabalhar ali. Tarefas cada vez mais importantes eram delegadas e conquistei em pouco tempo cargos importantes.
Classifico a minha atitude no episódio como reação ou pró-atividade, pra usar uma palavra da moda e que anda tanto em falta por aí. Desta forma, aprendi que ou você passa a vida inteira escondido, sem maiores problemas, mas também sem a chance de conseguir algo melhor sob o risco de ser trocado a qualquer momento, ou, reage imediatamente diante de qualquer problema em busca de uma solução. Você vai, ao mesmo tempo, entender que sua profissão e carreira dependem cada vez mais destas atitudes.
Os editores do SPTV estavam loucos porque aquilo ajudaria a bombar o jornal. Começou uma espécie de reunião informal no meio da redação e não apareceu um santo que fosse para a tarefa. Todos ocupadíssimos. Eu, produtor de reportagem que havia acabado de entrar ali, pedi licença com todo aquele medo de recém-contratado e disse que buscaria a fita. Foi um silêncio arrasador. A redação inteira olhou prá mim e eu pensei: “putz, porque que eu não fiquei quieto? Vão me trucidar”. Motivo tinha: o lugar era longe, eu nunca havia dirigido um carro da TV, tinha que praticamente “voar” e ainda poderia estragar toda uma edição. O gerente de jornalismo na época, Marcos Gomide, saiu da sala dele, caminhou em minha direção e falou: “Tem noção da responsabilidade?”. “Claro”, eu disse. “Então vai. Pega um carro e volta logo porque o telejornal depende exclusivamente deste material”
Fui, peguei a fita e levei prá redação em meia hora. A concentração era tanta que se você me perguntar onde é o lugar hoje em dia, nem lembro. O material foi editado e entrou ainda no primeiro bloco do SPTV. Ninguém me falou nada depois. Não ganhei nenhum “obrigado”, mas hoje eu não tenho dúvida de que aquela “loucura”, que parece uma bobagem, trouxe reflexos importantes prá minha trajetória na TV. Já naquele dia marquei, sem querer, um território e mostrei que queria mesmo trabalhar ali. Tarefas cada vez mais importantes eram delegadas e conquistei em pouco tempo cargos importantes.
Classifico a minha atitude no episódio como reação ou pró-atividade, pra usar uma palavra da moda e que anda tanto em falta por aí. Desta forma, aprendi que ou você passa a vida inteira escondido, sem maiores problemas, mas também sem a chance de conseguir algo melhor sob o risco de ser trocado a qualquer momento, ou, reage imediatamente diante de qualquer problema em busca de uma solução. Você vai, ao mesmo tempo, entender que sua profissão e carreira dependem cada vez mais destas atitudes.
Às vezes a oportunidade vem camuflada...nem sempre ela utiliza sinalizadores para mostrar que estará batendo a nossa porta.
É possível que dê uma piscadela e se vá, simplesmente.
Também não é bom contar com uma segunda chance, ou você corre o risco de não fazer bem feito de primeira.
Valeu pelos conselhos!
Abraço